Depois
de um bom professor, o estudante até ganha mais.
No dia 15 outubro é dia
do professor, um profissional que forma os futuros profissionais de nosso País.
Felizmente a nossa classe não é reconhecida, ou melhor, valorizada, mas mesmo
não sendo reconhecido quanto ao trabalho exercido junto aos discentes, muitos professores
esforçam para manter uma qualidade no ensino. Uma vez que a diferença em ser um
bom ou ruim professor tem conseqüências grandes na formação do aluno. Então
pergunto. Até que ponto um bom professor faz diferença? Dois economistas da
Universidade de Havard (Raj Chetty e John Friedman) e um da Universidade de Columbia
(Jonah Rockoff) obtiveram dados a respeito de 2 milhões e 500 mil estudantes;
os dados incluíram o desempenho dos estudantes em testes padronizados (como
ENEM), informações sobre seus professores, seus pais e seus empregadores, e
cobriam a vida escolar e profissional desses estudantes a longo de 20anos (1989
a 2009). Depois de aplicar varias técnicas estatísticas aos dados, eis o que os
três economistas descobriram:
1- Se
o estudante teve bons professores, é mais provável que ele entre numa faculdade
qualquer, é mais provável também que ele entre numa boa faculdade, ganhe salários
maiores, viva num bairro mais rico, e poupe mais a aposentadoria. É menos
provável que ele tenha um filho durante a adolescência. (Bom professor, para os
três, significa o professor capaz de fazer o aluno melhorar a nota de um ano
para outro em testes padronizados; não importa se o pobre ou rico, está
atrasado ou adiantado: ele tem de melhorar.)
2- Quando
um professor muda de escola, seus novos alunos passam a tirar notas maiores nos
testes padronizados, e seus velhos alunos, notas menores.
3- Ao
contrario, quando um mau professor muda de escola, seus novos alunos passam a
tirar notas menores, e seus velhos alunos, notas maiores.
4- Se
o estudante tem sorte de ter um bom professor, a probabilidade de que ele entre
numa faculdade aumenta 0,5pontos porcentuais por ano de convivência com o tal
professor. Numa classe de 60 alunos, em que 15 deles entrariam na faculdade não
importa o professor, a convivência com o bom professor ao longo de um ano deve
colocar 18 desses 60 alunos na faculdade.
Apesar dos resultados,
os três economistas não sabem o que aconteceria se o governo usasse as notas
dos alunos, em testes padronizados, para premiar bons professores e punir maus
professores. Talvez os efeitos sejam ruins: talvez cada professor se concentre
ao maximo no teste padronizado, e vire uma espécie de professor de cursinho,
capaz de fazer o aluno ir bem no teste, mas incapaz de ajudar o aluno a
desenvolver características valiosas e duradouras. Um exemplo: será que um
professor de cursinho consegue ensinar o estudante a trabalhar em grupo para
resolver problemas que nenhuma pessoa do grupo sabe resolver?
Feliz dia do professor a todos os amigos que nunca deixaram de acreditar em sua profisão um grande abraço...
ResponderExcluir